mércores, 11 de novembro de 2020

Da origem da cultura celta na Europa Central ao Berço do Atlântico

 

Apesar do que poida parecer à primeira vista, na História os conceitos estám  sujeitos a revisom, nom diria isso continuamente, mas com frequência. Este é o caso da cultura celta como um conceito geral. 

O começos dos estudos célticos estám intimamente ligados à concepçom centro-europeia que promoveu o academicismo francês e alemão nos séculos XVIII e XIX. Mas hoje estám em desvantagem, ao menos pola maior parte do mundo acadêmico contemporâneo, que se mantém num lugar intermediário entre essa ideia, como digo, já desatualizada, e a nova tendência promovida dende o espaço atlântico que defende umha origem do mundo céltico no Costas ocidentais europeias, aliás, algo que nom é tam novo como contarei mais tarde. Som as duas teorias opostas que analisaremos em linhas gerais a seguir.

Tabela de conteúdos

1 A primeira versom. A cultura celta nasce na Europa central e expande-se em ondas.
2 A mudança de paradigma. A Nova Teoria Celta
3 Umha celticidade mais ampla
4 A difícil questom da linguagem.
5 A teoria da Europa Céltica Atlântica
6 Um celta cada vez mais velho
7 Em suma, surge um cenário muito mais complexo.

A primeira versom. A cultura celta nasce na Europa central e expande-se em ondas

Hallstatt lembra algumha cousa ? E La Tène ? Ok, estamos nessa fase. A história da cultura celta é definida a partir do século XIX com base em descobertas arqueológicas de grande importância. No complexo mineiro de Hallstatt existem mais de 2.000 túmulos dumha sociedade que polo menos nas suas fases iniciais pertence à Idade do Bronze, e na sua segunda metade já é considerada a precursora do mundo celta posterior, dentro da Idade do Ferro.

 
E é que o mundo celta está associado, nesta etapa, à Idade do Ferro. Umha elite que surge das trocas comerciais entre o norte e o mundo mediterrâneo, que recebe um bom número de influências culturais que dam origem a umha sociedade de príncipes por volta do século VIII aC que estám sepultados em grandes tumbas monumentais (Hochdorf, etc.).

Os manuais pré-históricos seguem o relato clássico de que depois de Hallstatt veu a arte de La Tène. Nas margens deste lago, um sítio arqueológico também é constituído por túmulos e oferendas rituais nos que se atopam objetos de excepcional qualidade artística. Nele já atopamos aos celtas que conhecemos por meio de fontes clássicas. Eles estám localizados nas cabeceiras dos grandes rios e comercializam fluentemente com o mundo grego (o túmulo da senhora de Vix estaria localizado no trânsito entre Hallstatt e la Tène).

No século IV aC, surgiu umha série de circunstâncias que ocasionaram migraçons que exportarom essa cultura para toda a Europa e formarom o clássico céltico, aquele que chegou da Galácia na Anatólia aos celtas da Galiza e a Península Ibérica, além de chegar às ilhas britânicas ...

A teoria mantem-se ao longo de quase dous séculos evoluindo e refazendo-se, e até mesmo ajustarem-se às novas descobertas arqueológicas até a primeira metade do século 20, mas hoje nom é mais aceitada na sua totalidade. Coidado, nom significa que nom seja válido, mas que deve ser qualificado.

A mudança de paradigma. A Nova Teoria Celta

Precisamente o desenvolvimento da arqueologia começou a fazer umha série de perguntas incômodas às quais a velha teoria nom conseguia responder. Por exemplo, as grandes migraçons, aceitadas durante os derradeiros dous séculos, começam a ser questionadas.

Pesquisas em lares celtas mostram que o componhente humano, ou seja, a impressom digital genética, quase nom registra mudanças nos séculos nos que devia ter sido detectada umha mudança nos genes dos habitantes dos territórios aos que chegarom as invasons celtas.
 
Haplogrupo R1b do cromossomo Y. Considerado típico dos europeus ocidentais, ocorre principalmente em populaçons do Atlântico europeu. Foi introduzido na Europa por volta de 2500 AC

Portanto, nom houvo migraçons em massa, polo menos nom na quantidade necessária para causar mudanças nas populaçons conquistadas, agás nalguns casos específicos , como as migraçons que derom origem à Galácia na Anatólia, e os movimentos de tribos testemunhados por latinos e gregos com o saqueio de Roma e Delfos ou com movimentos de famílias de guerreiros gauleses em direçom à Península Ibérica na época romana.

Mas nom só isso, na Europa ocidental, isto é, aqueles territórios que o celtismo considerou aqueles que preservaram com pureza os vestígios da antiga raça celta som estudados em profundidade e conclui que estám mais relacionados com os habitantes da Galécia e o noroeste peninsular do que com a Europa central, ou seja, nom ocorrerom tais invasons, mas atualmente está sendo formulado um novo processo denominado difusom.

Uma celticidade mais ampla

Outra rachadura na velha teoria é que nom existe um conceito único de celticidade. Algo era considerado celta se fosse lateniano, mas as culturas como a galaica nom apresentam traços latenianos na mesma medida que os gauleses, com os quais se relacionam.

Presentemente considera-se que o antigo céltico nom só possuía umha área principal e vários derivados, senom que cada um deles, provinte dum substrato comum, apresentava características diferentes. Essas áreas som galaicas, celtibéricas, insulares, centro-europeias, a península italiana e os gálatas da Anatólia.

Cada um deles, apesar de como digo, ter origens e laços culturais apresenta umha evoluçom diferente que pode ser considerada celta sem atender a todos os requisitos que som assumidos para a era latina.

A religiom tampouco tem que ser inequívoca. O celtismo identificou o druida com o celta, e essa relaçom é verdadeira, mas nom única. Pode haver celtas e pode nom haver druidas. Nom temos registro deles, exceto na Irlanda, Ilha-Bretanha e na Gália. Mais tarde a literatura celta irlandesa faz com que os vejamos na ilha, por isso entendemos que pode ser um processo insular que se espalhou pola Gália. O próprio Júlio César dize-nos nos Comentários sobre a Guerra da Gália que os druidas continentais iam estudar às Ilhas Britânicas.

Nem na Galécia, nem na Galácia, nem na Gália Cisalpina, nem entre os Druidas dos Balcãs, encontramos Druidas. Nom estava lá? Seria estranho se César nom nos tivesse falado sobre eles na Galécia, se é que existiam. No entanto, sabemos que existiam vates entre os galaicos e mesmo entre os celttíberos no final da antiguidade.

No entanto, temos uma série de deuses que aparecem por todo o continente, alguns deles podemos considerar como pertencentes às sociedades celtas (antes pré-célticas) indo-europeias da Europa ocidental, mas outros som claramente célticos e se estendem por todo o território.

A difícil questão da linguagem.

Talvez seja umha das mudanças mais importantes do antigo paradigma, e na qual a nova concepçom do Céltico é baseiado. A língua e a cultura deviam ter viajado com os celtas à medida que se expandiam do seu lar ancestral na Europa Central, e o feito é que agora está sendo apontado o oposto.

A linguagem céltica (antes chamada proto-céltica) surge, segundo autores como John T. Koch, no extremo oeste da Europa. As referências mais antigas a umha língua céltica, sempre segundo estes autores, encontram-se no sul de Portugal, entre a tribo dos Cinetes. A estela de Lagos fala de um Nerio, um nobre da Galtia (Fisterra, Galiza).

 “Invocando os Lugos do povo Neri (niir), em comemoraçom a um Nobre dos Kaaltee / Galtia (Galiza): ele repousa para sempre ali. Invocaçom de todos os heróis. O túmulo de Taśiionos o recebeu ” (traduçom da leitura de John T. Koch)”
 
Esta inscriçom pertence à cultura Tartessica e é a mais ampla preservada até hoje. É datado do século 5 AC. As línguas célticas da Galécia e a Península Ibérica também som mais antigas que o céltico continental, parece que a língua vem dum lado e a cultura artística doutro.
 
Os membros da classe social proprietária que goza de todos os direitos civis dentro da sua Treba ou Terra entre os Celtas da Europa Atlântica chamam-se ari, aires. O primeiro aire, “nobre”, conhecido em todo o mundo Celta, dos tempos da Idade do Bronze, foi, segundo proclama sua estela funerária, redactada com caracteres tartésicos em Celta Antigo Comúm, um araiui, aire, ari,  “nobre”, Nerio da Kaltia, um excingo, ‘heroe’ galego da Costa da Morte do finisterre atlántico chamado Tássionos. Há duas categorias de aires, aaltanobreza, milites, bene nati, chamados em Irlanda flaths, (lat. med. s. miles, pl. milites); e os bó aire.
 
A teoria da Europa Céltica Atlântica

Koch formula a hipótese de que sobre um substrato de povos indo-europeus umha cultura que se desenvolveu em direçom ao Bronze Final na área atlântica, na qual surgiu a primeira e mais antiga língua céltica. Nom pode ser umha consequência do mundo de La Tène, que ainda nom se desenvolveu, mas contém as formas que mais tarde se repetem entre os celtas do resto do continente.

Esta cultura chamado do bronze, documentada em toda a fachada atlântica europeia, é a dos Finisterres. Os fenícios souberom disso quando navegaram além dos Pilares de Hércules na procura de metais. Curiosamente, é nesta área geográfica que as tradiçons célticas forom mantidas nos países da Europa de hoje.

Entre estas costas, como já dissemos, existirom relaçons comerciais que chegarom mesmo ao sul da Península e das quais sem dúvida participarom. Neles surgiu umha língua, o antes chamado proto celta , quefoi umha língua franca entre essas áreas de influência atlântica.

Tendemos a pensar, influenciados pelo celticismo centroeuropeu alemão e francês, que a cultura espalhou-se da Europa Central para as costas atlânticas e agora dizem-nos que é o contrário. A verdade é que na época em que foi formulada a primeira teoria sobre os celtas, o desconhecimento das relaçons comerciais durante a Idade do Bronze era quase absoluto em comparaçom com os dias de hoje.

Um celta cada vez mais velho

A visom atual que temos sobre o mundo céltico é mais ampla e mais antiga do que aquela suposta até agora. O início desta cultura é estabelecido num contexto de intercâmbio comercial da costa atlântica europeia, provavelmente nos Finisterres atlânticos e arredores, onde o destino comercial britânico como fornecedor de estanho floresce por um lado, e o mundo celta da Península Ibérica onde floresce um reino que atraiu o interesse dos fenícios e gregos.

No final da Idade do Bronze, ocorrerom mudanças que nos deixam indícios que falam do declínio da parte ocidente peninsular do comércio atlântico e umha intensificaçom das relaçons comerciais e culturais entre o Atlântico ocidental insular e a Europa central ocorre quando chegam influências mais do que as invasons, de pessoas do continente às ilhas, especialmente à futura Gram-Bretanha.

Em suma, surge um cenário muito mais complexo.

Nos Finisterres da Europa Ocidental, floresce umha cultura do bronze, apresentando umha série de vestígios que nos permitem assegurar que existiram relaçons comerciais e humanas estreitas entre os povos que o constituem. Nesse contexto, desenvolve-se umha linguagem que consideravam proto-céltica, mas é celta, e que lança as bases dum antigo céltico no Atlântico.
 
Koch defende a ideia de que as línguas célticas originaram-se como um ramo das línguas indo-europeias nom na Europa Oriental, de onde se irradiaram para o oeste, mas surgirom na Península Ibérica (atual Galiza e noroeste peninsular) entre os galaicos, celtíberos e povos vizinhos as línguas paleo-hispânicas proto-indo-europeias e nom-indo-europeias nativas (relacionadas com o basco), com algumha influência fenícia no leste.

Deste cenário eles espalharom-se para o leste para o que foi mais tarde a Gália (moderna França, Alemanha e áreas vizinhas), onde as formas mais antigas das línguas itálica e germânica já teriam-se desenvolvido independentemente do proto-indo-europeu. Isto nom é aceitado por grande parte do mundo acadêmico, mas está promovendo novas visons de como o mundo Celta se desenvolveu, umha que podemos considerar claramente Europeia e que faz parte da nossa tradiçom cultural, mas que foi relegada a um segundo ou terceiro plano no que diz respeito às culturas clássicas mediterrânicas no mundo académico. Algo está a mudar.

 
Redacçom da web Celtia

martes, 10 de novembro de 2020

Polícia Europeia realiza redadas a pessoas acusadas de “discurso de ódio” na internete

 
A polícia europeia (Europol) está a monitorizar a Internete na procura de qualquer sinais de “ódio” e respondendo cumha açom rápida.  Esta semana coordenarom ataques em sete estados, perseguindo  qualquer pessoa que dixera algo considerado “antissemita”, “xenófobo”  ou “odioso” na internete.

Na Alemanha, 83 apartamentos e outros edifícios forom invadidos com 96 pessoas questionadas sobor as suas postagens “odiosas”, que incluim dizer cousas horríveis sobor judeus e insultar a políticos.

Segundo Al gemeiner:

“Um dos suspeitosos foi acusado de fazer comentários antissemitas enquanto que outro insultou a umha mulher política, dixerom os promotores da regióm alemã de Rheinland Palatinate num comunicado.”

Imagine insultar um político na rede, chamando-lhe canalha e, de súpeto, ter a sua porta batida por umha equipa de SWAT com armas em punho.

Normalmente esse tipo de movimentos ocorrem somente na Alemanha, onde o povo alemão é escravizado dende o 1945, mas outros países europeus estám a entrar na mesma dinâmica.

“As batidas formam parte dumha campanha anual começada por promotores alemans, que se juntarom este ano por primeira vez na Itália, França, Grécia, Noruega, U.K e República Tcheca sob a coordenaçom da Europol. As batidas desta semana concentram-se em postagens na rede que promovem o racismo e a xenofobia, dixo um porta-voz da Europol. A Alemanha tem algumhas das leis mais duras do mundo sobor difamaçom, incitaçom à prática de crimes e ameaças de violência, com sentenças de prisom por negaçom do Holocausto ou incitaçom ao ódio contra minorias.” 

Se os europeus nativos nom gostam de que políticos doutras raças governem nos seus estados ou que os inundem com hordas de imigrantes violentos, se eles dim qualquer cousa pola rede serám atacados. Isso chamara-se tirania global.

A menos que se faga algo, podemos esperar a olhar algo semelhante também nos EUA, com muita legislaçom recentemente aprovada para combater o “racismo” e o “antissemitismo” segundo os seus critérios.

luns, 9 de novembro de 2020

Autoestrada, unha navallada á nosa pátria

AUDASA é unha máfia que se adica á extorsión dos usuários de rodovias estatais en Galiza meiante o cobro de portaxes. A modo de exemplo, a AP-9 (Tui-Vigo-Compostela-Ferrol) foi construída integramente con diñeiro público cun custo de aproximadamente 230 millóns de euros, cun gasto en manutenzón de aprox. 2 millóns de euros anuais, pola cal AUDASA leva cobrado unha média de 2.000 millons de euros anuais en portaxes durante os derradeiros 40 anos.

O PP é unha máfia política á cal están afiliados a maioria dos acionistas de AUDASA, e varrendo para si, tanto Fraga como Aznar e Raxoi perpetuaron as concesións e contratos de AUDASA co Estado. Na derradeira negociazón con Raxoi, acordaron que en troque da absurda e non demandada ampliazón da ponte de Rande, AUDASA poderia incrementar 1% extra cada ano durante 20 anos as portaxes alén das subas regulares, e ainda un incremento quinquenal de 2020-2025 de 12,6% repartido neses anos.
 
No 2020, por causa da inestabilidade do governo do PSOE-PODEMOS e dos problemas para aprovar seus orzamentos, AUDASA só subiu as portaxes aproximadamente o IPC, deixando adiadas a suba do 1% anual, mais o correspondente ao 12,6% quinquenal. Ese incremento adiado seria "recuperado" coas taxas para 2021, pero ao significar unha forte suba nunha situazón de crise e na excepcionalidade do Covid, co PSOE-PODEMOS novamente con problemas para aprovar orzamentos, e cos galegos moi queimados, AUDASA sentou a negociar coa ministra de Fomento a forma de facé-lo subtilmente, pois o negócio é unha suba das portaxes entre 3% e 6% para 2021.
 
AUDASA ven de chegar a un acordo co PSOE-PODEMOS, que ainda que politicamente vende-se doutro xeito, consiste en que no 2021 apliquen os incrementos correspondentes e os adiados, pero que se faga ver como se só aumenta aproximadamente o IPC, ou até menos, bonificando ao estado español con diñeiros públicos confiscados aos súbditos a diferenza. A modo de exemplo, na AP-9 os mafiosos de AUDASA arrecadaron en portaxes un total de 2.942,6 millóns de euros no 2018, 3.014,4 no 2019, as contas de 2020 ainda non sairon, e espera-se que no 2021 non baixen dos 3 mil millóns. O acordo co PSOE-PODEMOS (governo central) e PP (governo autoanémico) consiste en que o governo central "bonifique" 55 millóns de euros e aproximadamente outros 40 millóns da Xunta, que serán "perdoados" aos usuários, asi con outros pagos en fundos europeus para o Covid e benefícios fiscais. 
 
Deste xeito, AUDASA ainda cobrará mais portaxes, pero persoas que non utilizan a AP-9 ou nen sequer ten coche pagarán parte delas mediante o papa estado como confiscador para as máfias.
 
En todo este latrocínio, saiu estes dias o BNG e o seu séquito de ovellas fundamentalistas marxistas pendurando-se medallas por tal maravilloso acordo entre AUDASA, PSOE-PODEMOS e PP. Amais de maravilloso, até FOI GRAZAS A ELES! 
 
O BNG di que ese acordo se conseguiu grazas á sua "presión" mediante o apoio á investidura de Sánchez en troca dun "pacto" co governo de 10 medidas programáticas chamado "Decálogo pola defensa de Galiza no congreso", decálogo co que Sánchez se limpa o cu unha vez conseguida a investidura grazas aos parvos úteis. De feito, a primeira medida di "01. Transferencia da AP9. No inmediato, redución do 30% do custe das peaxes. Se foi posible para as radiais madrileñas, o BNG fará que sexa posible para Galiza". Hai que comezar pola primeira, dai que as 9 seguintes non se cumpren, e a primeira cumpre-se como estades a ver:
 
- Nada de reduzón de portaxes, senon aumento.
- Nada de transferéncia á Xunta da AP-9.
 
En que é o que conseguiste o que andadades a comemorar? 
 
Non obstante, o mais chamativo do asunto é o posicionamento do BNG en relazón a AUDASA e a AP-9:
 
- Non se propón a derogazón das concesións, a devoluzón do diñeiro roubado por Audasa e o procesamento dos seus responsáveis, apesar do marco legal en vigor que dispón que iso é ilegal e das instituizóns europeias que en defesa da libre competéncia combaten estes monopólios abusivos que só existen neste rexime xacobinista.
 
- O Carlos Aymerich non anda a escrever artigos nen facendo propaganda sobre a intervenzón, expropriazón ou nacionalizazón de Audasa, tal como fai con Alcoa. E iso que a AP-9 é un ben público, concretamente viário de domínio público con forte protezón legal, e o seu titular é o estado, nen sequer Audasa. Nen ten que expropriar e indenizar nada, só cancelar unha concesión ilegal e abusiva, e recuperar a posesión do ben de domínio público. Alén disso, está o interesse público dunha autoestrada en xeral e da que vertebra o Eixo Altántico en particular.
 
- O BNG non propón que a AP9 sexa autovia de graza, senon que continue a ser autoestrada de pago, só que transferida á Xunta para que en rexime de concesión ceda-a a outra empresa privada, continuando o sistema de concesións e portaxes. Todo o mais estremo que chegou a propor foi que a explote (com portaxes) a administrazón autonómica en vez de cedá-la a empresas privadas.
 
- O BNG non propón que cesen as portaxes, senon que se reduzan, e mais concretamente que se bonifiquen, ou sexa, que unha parte do prezo se pague con diñeiro público, pero que o lucro continue. Ben, se queredes investigade as relazóns entre políticos, empresas e banca e entenderedes o porqué.
 
Ben, finalmente, para non perdermos a memória histórica deixo aqui o documentário sobre a autoestrada para quen non saiba o que esta merda foi desde o primeiro momento.
 
Celtia Loimil das Fragas
 

sábado, 7 de novembro de 2020

A' Galicia de Xoan Manoel Pintos

 Velaqui vai esta oda a Galiza de Xoan Manoel Pintos, políticamente incorrecta hoxe, tanto que remata deste xeito:

ln hoc misterium fidei firmiter profitemur.

D' aqui non nos arrincan herejes nin gentios,
Nin tod' os protestantes con mouros e judios.


O poema foi publicado pola primeira vez na Coruña, na Revista de este Reino, nº 23 (1 de setembro de 1861) p. 364-368. A edición dixital corresponde á da bloqueira Bilioteca Virtual Galega.


A' Galicia

Texto íntegro [páx. 364]

GALICIA

Misit dives Gallaecia pubem.


Fermoso labrador que sin cansazo
Fas recachar o mundo, e mil primores
Germolla a feixes por un mar de frores
Con sò quencelo ti dend' o teu pazo:
Ti que o calor difundes po lo espazo
Brillante Febo que de côte giras
Cheo de luz po lo alto firmamento,
Sin que as, edades fagan decremento
No fòco, imnenso de que fógo, tiras:
Notorio, decumento,
Froron dourado po lo azul dos cèos
Que así confunde a impios com' a atéos
Ti que benino a miña terra miras
Carís lle póndoalégre de contento,
A Deus lle pide por un breve instante
Que lle dé forza a meu cativo alento
Porque louores a Galicia cante.

De Finisterre ò monte Parafita,
De Santa Tecla ò cabo de Ortegale
Hay o tallon de terra mais bonita
Que España tèn ò norte occidentale.
Báñana toda caudelosós rios
Cadoiros e torrentes,
Que ò cair de curutos e vertentes
Borbollando escumoso los seus brios
Freixas de prata po lo fondo corren
Fasta chegar ò mar a donde morren.

Xorreiras de lintura
Regálanlle as entrañas, e na tóna
Debroulla, o paramento,de verdura
C' o amor de Frora, Ceres e Poucona.
Rescenden po los ares os olores
Das herbas e das frores,
Se mecen a marèas as espigas,
E entre tal variedade de colores
Mimosa randa a freba das estrigas.
Penduran ricas froitas das froiteiras,
Abondan as madeiras
Nos soutos, e debesas e folgadas
Con vigas muy liñeiras
De valentes toradas:
E resóa o balbordo dos pinales
Como de cóte berra o mar na costa
Batendo as ólas contra os areales.

Paxáros infinitos rebulindo
No tempo desque vèn a Candeloria
Nas ponlas e singeles penduricos
Cantan qu` è un-ha gloria
Alboradas de muitos repinicos.
De pólos e de pitos
De galos e galiñas hay a pòte
De òvos se facendo muito lote
Que para fòra vai en cargamento;
De barato alimento
Perdices, e coenllos, e mais caza
Sempre está chea a praza,
De todo comestible, e mantimento
De canto se magine de comida,
Sustancia, de fartura e bó sustento
E regalo á apetencia de esta vida.

Hay bos viños de corpo que apresentan
De branco e mais de tinto varios córes
De agullas, refrescantes, turruxeiros,
Que poden se repór òs mais primeiros
Prézados po los Reis e Emperadores.
¡De Amandi, de Castrelo, e Valdeorras
¡Que viño de sabor e cacheteiro!
iQue rico è o tostado e paladeiro!
Se poden abillar as mesmas borras
Dos viños esquisitos do Ribeiro.

Nas granjas branquexean os pombales
Que niños son de amor e de inocencia
E ò longe dan sinales
Da paz do campo don da Providencia,
Voando branca, pombas ò redore
Cal anjos de purísimo candore.
E no abrigo por sitios muy sollosos
En ringle estan curtizas das sobreiras
De donde sàn (1) enxames numerosos
De abellas sin cesar traballadeiras,
Que voan espalladas e zoando
Dozuras van sacando
Das herbas e das frores,
Nos dando as habiIdosas frabiqueiras
De valde os seus suores,
De mél e mais do cera por mancheas
Productos delicados nas enteas.

Multitude de ovellas e carneiros
De crabas, e castrons, crabitos, años.
Pastando vai nos montes en rebaños
Subindo às cotorelas e òs outeiros;
E nas chouzas e veigas,e nos prados
Os maores ganados
¡Que vacas tan leiteiras!
¡Que becerros engorda o seu leitiño!
¡Que bois os de Laíño!
N' è milagre que as bulsas estrangeiras
A mercalos nos sayan ò camiño.

De vácaros-tamen hay, muito gando
De un iuzo prodigioso e muy frecoente,
Ec' a fariñaa e landres se cebando
Acòdelle na feira muita gente;
Sendo cousa evidente
Qu' è muy ,prezado alá po Ias Castelas.
Jamon de Lugo e mai lo de Caldelas.

De mulas e cabalos a milleiros
De aguante e corredores,
Por chano e cósta arriba gaveadores.
Puxando por quedar sempre dianteiros
Asi ja son citados de primeiros,
Nas festas que dispuxo Escipïon,
Decindo Siltio Itálico gabando
Que voaba o caläico Lampon. (2)

¿E que direi do abondo de pescado
Que Tétis bóta aqui' o regazo cheo?



————————
(1) Por saben.
(2) Sil. Ital. De bell. pun. lib. 16.


[páx. 365]

Non hay no mundo un povo regalado,
Por natureza com' o meu terreo.
Navallas, bucareus, e caramujos,
Parrochas, birbirichos, e barbadas
Percebes, panchos, pragos e curujos
Alfóndegas, e pirlos, e pescadas,
Samborcas, pintarroxas, zamoriñas,
Jarretas, sollas, brècas,
Ameijas e fanècas
Escachos, lapas, lirios, e anduriñas,
Rañartes, congros, chócos, e carneiros,
Panchoces, chèrlas, èixes, peixespadas,
Besugos e douradas,
Crabudos, bertorellas, e pateiros,
Escalos, arroaces,
Eiròas, robalizas, e basocas,
Praguetas, e jurelos, e sardiñas,
Centolas, bois, atúns, e barallocas,
Sabenlas, pintos, lorchas, e zancados,
Bonitos, lirpas, mendos, cabaliños,
Vieiras, e corniños,
Torpédos tabirons, pombos, lenguados,
Ourizos, ollos moles, sanmartiños,
Anguias, tranchos, crabas, jardas, ostras,
Buraces, e touriños,
Maròlos, tingas, luras, e lagostras,
Robálos, rodaballos, e moreas,
Salmóns, e troitas, muges, e corbiñas,
Doncellas, camarons, e mais lampreas,
Beltráns, e longueiróns, rayas, buguinas,
E mèlgas, anguiachos, caranguexos,
E nècoras, e pulpos, e badèxos.

A mais de todo eso a miña terra
De minas de metales un tesouro
Fechado nas entrañas inda cerra,
Correndo po lo Sil pìbodas d' ouro.
Mais inda o tèn maor na gran bondade
Do clima tan mirnoso,
Que a gente è forte, san, de muita dura,
E fácilmente o enfermo se precura,
Pois nin o vran (1) n' inverno è riguroso
Por eso nas edades ja pasadas
Correndo aquela sóna
Colocaban as Illas Fortunadas
Nas Illas de Bayona. (2)
Por eso foi notorio e saben todos
Como certa noticia,
Que a este chan saudoso de Galicia
Se viñan a criar os Reyes Godos.

Pois con taes elementos, ou Galicia,
¿Porque se me apresenta a tua image
C' os cabelos voando despargidos,
Desarrombado o trage,
C' os ollos mornos, tristes e afrigidos?
¿Dos tempos que son idos
Alémbrache a tua lanza tan temida
Que ó lexos centellaba,
E ò mais valente peito amedrentaba
Si a voz dabas de guerra
Atroando nos fondos e na serra?
¿Alémbranche os aceiros tan gabados
Das hostes africanas,
Que os fillos teus pediron, e levados
A Annibal Ile lograron o renome
De vencedor de Canas?
¿Alémbrache que Roma poderosa
Leirar tuvo contigo centos d' anos,
E que Bruto chamábase o Galego
Soberbio e fachendoso entre os Romanos?
¿Alémbrache de aqueles inimigos
Feroces e tiranos,
Que cal marèas, viñan en legions
Topando nos teus fillos con leons?

Os mesmos inda son, nobre Galicia,
Que nunca o pè na guerra atras volveron
Anque dèz se tirasen contra cento.
Con valeroso alento
Seus lares e sua patria defendian,
E si a Ioitar morrian,
Tamen ò forte empuxe do seu brazo
De nervos com' o ferro,
De capitón a tombos reboladas
Para un inmenso enterro
Caían as legions descartizadas.
Con voces de trebon alí Galicia
Soaba entre os estrondos
Das armas e dos berros.
E o longo abouxamento po los ares
Corria, e po la terra, e po los mares,
Chegando ò Capitolio, onde temian
O fin de tan heröica constancia...
E do Medulio os concos repetian
¡Terror de Roma, horrores de Numancia! (3)

Un ha grande marèa de barbárie
Dimpois alá no Norte se ajuntando
A enchente desbordou e sobre Roma
Caíu, o seu poder asolagando.
E ti, nobre Galicia, resollando
O loro infame ròmpes centenario
E cinges a primeira a gran coroa
C'o signo redentore do Calvario.
Somente así quixeche a Reciario
Soberano dos Suevos,
E c' o os teus valentismos arotrevos
Do mundo cristiano ès alegría,
Fundando así a primeira monarquía.
O cetro ten estonce repasaba
Leon e Lusitania e a Castela
E anque escurecida a tua estrela,
A lengua tua di quen foches ante, (4)
Pois inda en Portugal está reinante,
E nos códigos mesmos castelanos
A miles hay os termos galicianos.

Os Godos ja dos Suevos vencedores
A Iberia gobernaron largo tempo;
Mais sempre de Galicia prezadores
Po lo seu valimento,
Lle daban ousequioso tratamento
Por eso os fillos seus já se chamaban
Os Príncipes entonces de Galicia
Que era a sua delicia,
E aquí en Pazos de Rey se lle criaban, (5)
Convindo ter de parte e por amigos
Os qu' eran de temer como inimigos.

Caíron tamen eles do seu trono,
Que nada está seguro acá na terra,
E as faltas e crímes deles fono
A causa de heredarmos triste guerra.
O libro da esperencia non aterra
Ós altos relaxados
Que da moral se rín desprocatados
E cuidan ser eternos
Que nunca baixarán par' os infernos.
A lástima è que sendo delinquentes
Por eles o castigo paguen outros
Que foron inocentes.
Quedáran bèn patentes
Exempros de Lucrecia e de Virginia
Que o sangre seu verteron
E povos encenderon,
E fogo nos poderes atearon
Aqueles que da afrenta se vingaron.
Así afiando a Morte a sua gadaña
En África incirrada e muy acerba


————————
(1) Por Verán.
(2) Ortelio. Morales. Sarmiento.
(3) V. Gándara lib. 1.º A. y T. de G.
(4) Mariana. Lib. V. c. 1.º y 3.º Puffendorf. intr. a l' hist. del' Un. p. 145. Sarmiento. t. XVI S4914.
(5) Gándara lib. 2.º


[páx. 366]

Nun brinco se chantou acá en España
Segando nas cabezas como en herba.
Florinda Ile gritára, que è testigo
Da violacion infame de Rodrigo.

Dos Mouros o estandarte ja trunfante
Pasea por España: o sabre corvo
A heito leva todo por dïante,
Sin atopar atranco nin estorbo,
Poñendo de Mahoma leis, costumes,
E inxirindo en Castela novos numes.
A santa religion contaminada
Se víu alí, e a mesma Iingua patria
Con voces arabescas misturada.

Pero non foches ti, Galicia amada,
Quen o jugo sufriu tan afrentoso.
Teu povo valeroso
C' o fillo de Favila aqui nacido
Un berro aterradore deu de guerra,
Que espanto lle causou á gente perra.
Em por eso algun tempo aquí pararon
E fixeron destragos ben arreo;
Mais nunca de sosego eles lograron
Que sempre os axotaron
As picas e bisarmas do terreo.
Por adentro do séo
Da patria e religion o fogo santo
Na gente de Galicia atéa tanto,
Que morrer só deseja,
Primeiro que sufrir á negra mingua
De que os Mouros lle manchen a sua lingua.
Nin as leis, nin costumes, nin a Igrexa.

Ciádos po los nósos e mallados
Os lindes de Galicia botan fòra
Tocándolle a Galicia ser señora
Da reconquista po los seus soldados.
En ela foron sempre sinalados,
E ja en Leon un ascendente houbo
Do Bon Guzman, que moribundo soubo
Render o còlo ò alfange de Almanzore
Antes de ser à patria vil traidore.

Ilustre fillo da leal Galicia,
Guillermo valeroso,
Firme, constante, fiel, pundonoroso,
Un ano inteiro rechazache o mouro,
Sin que pudese reducirte o ouro,
Que che ofrecia aquel batalladore
Que ò fin matoute; pero a sua cabeza
Rodou bèn presto en Catalañazore.

En todas partes, si, Galicia soa
Con gran alaudo po la valentia
E nas historias a nobreza sua
Tuvo e terá sempre nombradia.
Eles seguiron en tan santa empresa
Fasta acabar c' os Mouros
E en toda las batallas se atoparon,
E c' o maor denodo pelearon
De noite e mais de dia,
Nas Navas, en Toledo... a sua espada
Como rayo tremendo resplandía
Por riba das murallas de Granada.

Por eso ti Galicia regalada
Po Ias tuas proezas e fazañas
De privilegios foches sinalada
Mais que ningun-ha gente das Españas.
Por eso ainda agora os teus altares
Ostentan sempre vivo o Sacramento
Que seja manifesto documento
Da gloria dos gallegos militares.
Por eso o regimento de Galicia
Que chaman o Señore
A naide de este mundo Ile rendia
A bandeira, que Reina do valore
Somente se rendia ò Salvadore (1)

De blasons e de timbres resplandentes
Po los montes e campos e ciudades
De Galicia se atopan muy frecoentes
Pregoando as suas altas cualidades
Ilustres apellidos de nobreza
E títulos de altísima grandeza,
Que o maor privilegio arraiga nela
De publicar os Reyes de Castela. (2)

En toda Ias edades os Gallegos
De España muy leales defensores
Probaron po lo mar e po la terra
Que non se presentaban nun-ha guerrra
Soldados mais valentes nin mellores.
Gallego foi Fernando de Saavedra
Que en campo de batalla a Alonso Enriquez
Que Rey de Portugal foi o primeiro
O fixo por sua man él prisioneiro.
Gallego foi aquel que alá en Pavía
A Francisco primeiro Rey de Francia
Por entre os seus cabalos se metendo
E a mesma sua manopla lle collendo
Entre os seus prisioneiro alí o facia;
E tanto foi o honor e fidalguia
Do soldado gallego Alonso Pita
Que con carrage súpita inaudita
De lado del se puxo por salvalo
Dos qu' iban cometelo por matalo.
Francisco llo atestou agradecido,
E Cárlos de Alemania Emperadore
Mandou que sempre fose distinguido
C' as armas de Francisco o seu valore. (3)

Pois sendo os fillos teus tan sinalados
En feitos de heroismo tan brillante,
¿Por que vejo Galicia o teu semblante
Dorido e morno, os ollos apagados?
¿Recéas ti de vernos cautivados
Con pouco folgo agora no presente,
E que a tua lanza limpa e refulgente
Non teña brazos inda preparados?
O contrario este seclo che evidencia
Na guerra da famosa independencia.

Inda hoje c'a reixa dos arados
Ou òs golpes tallantes do legon
Escachan muitos òsos dos soldados
Do Atila d' esta edá Napoleon.
San Payo foi o termo da invasion
Que alí de Cotobade, de Morrazo,
De Galicia se ergueu o forte brazo,
E con fouzas, bisarmas e gadañas
Abate po lo chan vertendo sangre
Os membros da gavilla das Españas.
¡Atrás! ¡viva Galicia!
Berraba aquela súpita milicia,
E Ney e Sul temblaron
E fòra de Galicia se escaparon. (4)

Galicia regimenta o paisanage
E dentro de Santiago ja impacente
Minerva se levanta refulgente
Gritando ¡às armas! chea de carrage.
Os alumnos formando un oleage
Sacoden os mantèus e voluntarios
Dïante do Apóstol juran todos
Formando un batallon de literarios,
Por patria e religion morrer mil veces
Antes que o jugo sufran dos Franceses.

Aquel mundo de gente agergillado
Nos campos de Castela se presenta
E alí todo se alenta,
E fólganse no peito os corazons
De ver da sua esperanza a nova estrela



————————
(1) Clonard. hist. org. dl.. arm. de inf. y cab.
(2) Altamira.
(3) Gándara. 2.º pte. 1. 4.º c. 8.º p. 541.
(4) V. Historia de Pontevedra. p. G. Y.-Manifiesto de los Alumnos de Santiago en 1882. impr. Montero.


[páx. 367]

Ollando para os nosos batallons:
Betanzos, Mondoñedo, Compostela,
Santiago, Pontevedra, Tuy, Ourense,
E Monterrei, con outra mais milicia
Debaixo da bandeira de Galicia.

Ós vencedores de Austerliz e Jena
Conversos en gavilla sin exempro
Das nosas casas, e do noso tempro
Adoitos ò asoballo e a far saqueos,
Cribounos méchos en revolto sangre
Galicia ò pè dos montes Pirineos.
De ver tantos trofeos
Welinton asombrado
C' o sombreiro quitado
Ó invicto General gallego Freire
Lle da a sua man, e dille arrebatado:
Feliz España, que con estes fillos
Da escravitú jamais poñerá os grillos! (1)

Finada aquela loita ¿quen diria
Que o trunfo nun momento
En vez de regocillo e de contento
Un pano funeral o crubiria?
Os héroes ¡ay! e fieles defensores
Da patria foron todos perseguidos,
E gobernos traidores
Lles deron de agasallo e de preséas
Patíbulos somente, e mais cadéas.
Seis anos ja levaba en triste pranto
España que amarrada ó despotismo
Escrava sin alento no crebanto
Non daba ja señales de civismo;
Cando un gallego ardendo en patriotismo
O General Quiroga unido a Rego
Uu grito santo da en Andalucia
E torna España à vida e à alegria.

Pero ¡ay! ¡aquel contento
Cal lòstrego pasou en un momento!
¡Volvendo muy agiña os farisèos
Que gritan libertade a boca chea
Detrás dos Pirinéos
E queren gobernar a casa allea!
¡Cen mil deles viñeron
E tendo ja o camiño preparado,
Por degredo fatal de negro fado
Señores ¡ay! de España se fixeron!

Pero ò entrar en Galicia
A gálica milicia,
Na Cruña tiña posto o pensamento,
Non julgando que alí non entraria
Sin pagar muy bèn caro o atrevimento.
Chegouse pois c' a sua artilleria
Cuidando achar aberta
A praza que c' a gente en bateria
Paraba na defensa muy alerta.
A garnicion esperta
Vislumbra dibuxado en grandes sombras
Po la porta de Abaixo e na de Arriba
Quen ò frances reciba:
É Marte c' a sua lanza relucente,
Neptuno impetuoso c' o tridente.

Anque España ja toda está rendida,
E casi tod' as prazas ja tomadas,
E a libertá perdida.
Na Cruña vai a dar as boqueadas;
Non pode consentir, o honor llo adita,
Que o mais fero inimigo sin ver sangre
Profane a gran ciudá de Maria Pita
¡Oh heroína ilustre que cal Palas
Armada te lanzache a Enrique Nòris
E fugíronche vinte mil ingreses!
0 genio teu alenta òs Herculiños
En vinte e tres no sitio dos franceses.

Achegados ja estes à muralla
Como un forno se encende a bateria
Arrojando torrentes de metralla
Que causan un-ha gran carniceria.
E obrigan ò inimigo a retirarse
Ós muiños de vento a prapetarse.
Os cañons de ambos lados feitos brasas
Non cesan de troar en muitos dias,
Estralando na Cruña po las casas
Vidreiras, e escachando as galerias.
Os ecos se rebaten às porfias
En Santa Cruz, San Pedro, e po Ia Torre,
No monte e po lo chano,
E escorrendo nas olas o estrondo
Da guerra cunde a sóa no Occeano.

A Cruña ía a ceder ja sendo inútil
A defensa alongar causando estragos;
Mais nota que o inimigo
Irado porque o fogo non afroxa,
Con ánimo infernal
Comenza a disparar con bala roxa,
E prende fogo à casa de Marsal.
Como rio que abócha na invernada
E a borbollons debòrca, e leva a heito
Canto topa dïante na aveirada,
Po Ias portas da Cruña opado o peito
Sáhe a gente furiosa, e se avalanza
Ó campo do inimigo bèn resolta
A morrer sin dar volta,
Ou tomar do feitío unha vinganza.

De noite o campamento sorprendido
Desprende un alarido
De espanto e de terrore de tal sorte
Cal si no campo entrara
C' a fouza degolando a negra morte.
Os sitiados por entre os sitiadores
De súpito correndo se esparraman,
E a coitelada, a tiro alí derraman
O sangre dos cruès encendeadores.
¡A loita foi terríbel às escuras
Matándose os franceses uns a outros
En tanta confusion que n' outro dia
Asombro Iles causou tal escarmento,
Mirando para tal carniceria,
Cravada a artilleria,
Quedar en cadro o sete regimento!
Ilustres Herculiños vòs trunfastes,
Anque logo dimpois capitulastes. (2)

Si os fillos teus os mesmos son agora,
E tès tan ricas frores na tua abada,
¿Porque te vejo así desmacelada
Galicia? ¿o folgo teu porque te acòra?
¿Te does de que muitos, ou Señora,
Se ven laceradismos na probeza
Sin poder disfrutar da tua riqueza,
E se larguen da terra para fóra?
¿Laméntaste de ver por eses mares
Os teus queridos fillos,
Que lexos se van pór dos patrios lares
Quizais a padecer en duros grillos?
¿Ti choras vendo a outros sin piedade
En cárceres morrendo
Caídos po la gran necesidade
Cal si crime fixeran muy horrendo?
¿Presomes de que chegue à eternidade
A ley do contrabando cubizoso,
E que libres jamais a ver se tornen
Os bèns que o Cèo danos bondadoso?
¿Con ollo lacrimoso
Recorres as Salinas da tua costa
Que deron a Salnés en outros dias
O nome, e abundancia às tuas rías?
¿Magóate esa venda carniceira


————————
(1) «Distinguidos sean los gallegos hasta el fin de los siglos»...etc. Wellington en la proclama al 4.º ejército en Lesaca á 4 de Setiembre de 1813.
(2) La mitad de los sitiadores perecieron durante el sitio.


[páx. 368]

Que nas quintas se fai de sustitutos
Peór que a fan de negros, ou de brutos,
Que se venden e mercan nun-ha feira?
¿Afrígete o oídio desastroso
Que tòlle fai set' anos os viñedos,
Sin perdon do tributo tan gravoso
Que fai chorar a fèras e penedos..?

Non dubídes, ou povo generoso,
Non dubídes que veñan os degredos
Que sirvan de remedio a tantos males
En esta edá presente,
E que os justos principios eternales
Te poñan bèn alegre e frorecente.
Non dubídes se atreva a nova gente,
Que a forza de saber e de potencia
Arremetèu a igrexas e conventos,
Con muito mais valor e mais alentos
A far tantas reformas de concencia.
Pubrican a evidencia
De faltas e de errores
As luces espargidas nesta edade,
E fai falla demostren a verdade
Contando c' a esperencia
Os que dela pretendan ser doutores.

Alenta pois, Galicia, que os albores
Se ven ja relucir de novos dias,
Que cantarán brillantes trovadores
C' a lira deleitosa de Macias:
Prepara o corozon às alegrías
Que esperimentarás en tal momento
Mirando o incremento
Que tomen o comerzo, industria e artes,
E a madre da abundancia e da fartura,
De ingratos esquecida, a agricultura,
Levando a via ferra a todas partes
Abondo de riqueza, e novas obras
Producto das virtudes e talento
No vèrse de Feixô e de Sarmento.

Un povo que è leal e virtudoso,
Humilde e obediente à autoridade,
Que òs Reis probado tèn fidelidade
E que mais que ningun è religioso,
Que no perigo acòrre valeroso
Á defensa da Patria e mais da Fè;
Merece que o Goberno que tal ve
Non se lle amostre nunca riguroso.

Alenta pois, Galicia,
Na fonte da verdade e da justicia,
A fror consoladora da esperanza
Non se mucha sinon en fraca mente.
O corazon magnánimo valente
Non se rende òs dolores de un-ha frida,
Recroba no infortunio nova vida,
E òs maores riveses ponlle frente
Serena imperturbábel e sofrida.
Alenta pois, Galicia,
Na fonte da verdade e da justicia.

O tempo que se vèn, ò que despide
Lle da a sua man e sóltaa decontado,
Reinando o nòvo fado
Sin contas dar a naide que non pide.
A roda da Fertuna corre e mide
Ó seu antoxo tod' os bèns e males,
Que esparge erguendo e derrumbando arreo
Sin dar delo sinales,
Que solo sabe Deus alá no Cèo.
Os ricos, potentados, e valentes
Os Reis e Emperadores,
Os povos que se gavan frorecentes
Nun ¡ay! mil sinsabores
Presinten, e laxados de dolores
Se ven decér de cumes eminentes.

¡De Troya os muros, pazos e habitantes
Barreunos po o chan horríbel fogo:
De volta os Gregos tolos de trunfantes
Do gozo repentino ven o afogo,
Cubríndose ¡ay! o triste Agamenon
C' os barcos seus de fúnebre crespon!
¡Valente foi o povo de Moisèn
E Babilonia o viu entre cadeas
Barado e morno, o seu perdido bèn
Chorar a fio vindo as vágoas cheas
Suspirar e gemer Jerusalem!
¡E o que de roubos fixo o Capitolio
Que o mundo todo sujetou tirano,
Rachado viu o seu inmundo solio,
E opar trunfante o humilde Vaticano!..

Mais em por eso aléntase a esperanza
No vai e vèn das cousas de este mundo
Que troca arreo os pesos da balanza,
E cando o baixo avanza,
Vèn o de arriba para o mais profundo.
De aquel Napoleon que sin segundo
Foi ínclito guerreiro,
Ninguen diria que o amarrára a sorte
Na fianza nobre en inimiga Corte
Que muy mezquiña o grande prisioneiro
Longe de Europa lle entregou à morte.
Nin quen pensára que Turin veria
Lle amañecer de fausto un novo sole
Que agiña o reparára
Das perdas que tivera alá en Novara
Derrubando tan sò a Sebastopole..?

Non te acòres ti pois, nobre Galicia,
Qu' inda rebuleu teus robustos membros:
Confia no direito e na justicia:
Desdobra o rico manto da tua gloria
Lucente nesa cònda de relembros
Que de ti garda a tradicion e a historia.
Quizais teus fillos inda che precuren
Un novo menumento,
E ardendo no amor patrio que eu che juro
Resóe traspasando o firmamento
O nome de Galicia santo e puro.

Qu' è dóce halar c' a sede da justicia,
É dóce halar da caridá c' a séde,
Fugir do encontro de dourada réde
Que mais encrobe as mallas da malicia,
Da pesoña e injusticia:
É dóce halar por quen como nos fala,
É dóce halar por quen nos faga o bén,
É dóce halar por quen como nòs hala
Sin desejar o mal para ninguen.
Repítoo outra vez, direino cèn,
Qu' è santo, è justo, è puro, è inocente
De còte halar, e halar de corazon
Por nosa patria, e mais da nosa gente
Por conservar e fama e religion.

———

ln hoc misterium fidei firmiter profitemur.

D' aqui non nos arrincan herejes nin gentios,
Nin tod' os protestantes con mouros e judios.

Xoan Manoel Pintos.
 

 

xoves, 5 de novembro de 2020

Nova lei sobre crimes de ódio na Escócia

 Nova lei sobre crimes de ódio na Escócia pode levar a processo judicial por expressar opinions no teu próprio fogar.

A nova legislaçom proposta introduce um crime de “incitaçom ao ódio” em características como deficiência, orientaçom sexual e idade.

NO ENTANTO, os críticos temem que a Lei de Crimes de Ódio e Ordem Pública, que gira em torno a plantejamentos para umha nova ofensa de “incitar o ódio”, sufoque a liberdade de expressom.

A BBC da Escócia, os bispos católicos, a Humanist Society of Scotland e a Scottish Police Federation estam entre os que levantarom preocupaçons, junto com a estrela de “Mr. Bean”, Rowan Atkinson, e o escritor Val McDermid.

Por causa disso, o secretário de Justiça escocês, Humza Yousaf, foi forçado a emendar a legislaçom e a mudar a polêmica secçom de delitos de “incitaçom”, que foi condenada peoos oponentes.

Humza Haroon Yousaf é filho de imigrantes. A sua nai é da Quênia e o seu pai foi o primeiro nom-branco e primeiro membro muçulmano do governo. Atual membro do Partido Nacional Escocês, atual Secretário do Gabinete para a Justiça. Ministro das Relaçons Exteriores e Desenvolvimento Internacional entre outros cargos de muita importância na Escócia

Durante a sessom de martes passado (27), o membro do Parlamento Escocês pola regiom de Glasgow e Coordenador do Comitê, Adam Tomkins, questionou o Secretário de Justiça da Escócia sobor como umha pessoa pode cometer um crime de ordem pública dentro da sua casa.

Isso acontece depois de que o Yousaf sugeriu durante a sessom da comissom que ele estaria a favor da incitaçom de crimes aplicados dentro dos fogares.

O Sr. Tomkins continuou: “Quando estamos considerando o límite da lei criminal neste Parlamento, temos que ter cuidado para nom criminalizar de menos e também previr contra o excesso de criminalizaçom e ter a certeza de nom estar inadvertidamente convertindo em criminoso o que achamos que devia ser livre de fazer”.

O membro do Parlamento Escocês, Liam Kerr, porta-voz da justiça conservadora escocesa, acrescentou: “A Lei do Crime de Ódio foi um desastre quando o SNP [Partido Nacional Escocês, de centro-esquerda] trouxo-a ao parlamento pola primeira vez e ainda contém questons sérias que precisam ser corrigidas”.

“Jogar nas margens nom resolverá o projeto de lei mais polêmico da história do Parlamento escocês.

“Esta derradeira admissom do secretário de justiça confirma o que tantos entrevistados na consulta alertarom – que, conforme redigido, este projeto de lei significa que a liberdade de expressom pode ser criminalizada dentro dos fogares com amigos que ti convida-ches para um jantar, e que o Sr. Yousaf concorda com isso.


“O SNP tem ser claro com o público escocês sobor o que exatamente pretendem fazer com esse projeto de lei de crime de ódio.

“Nom podem continuar tentando forçar ataques perigosos à liberdade de expressom”.


Ao mesmo tempo, descobriu-se que o governo escocês nom consultou aos funcionários do tribunal sobor as polêmicas leis com os conservadores escoceses, alegando que eles forom “ficarom na escuridade” até o último minuto.

Mas Yousaf defendeu a legislaçom que rejeita reivindicaçons de que o Scottish Courts and Tribunals Service (SCTS) nom foi consultado.

Acrescentou: “O objetivo de incitar ofensas e a razom pola qual eu acho que precisamos dessas ofensas é o seu efeito ou poderia ser para motivar as pessoas que cometem atos de ódio, violência, agressons e assim por diante contra membros de grupos que pertencem a comunidades específicas (interrupçom.

“O que acontece é que se estás incitando ao ódio religioso contra os judeus, com a intençom de incitar o ódio de forma particular na tua casa com os teus filhos na mesma, com amigos que ti convidaches para um jantar se eles estám dacordo com quem odeie e cometa ofensas que seriam processadas pola lei, nom devia ser culpável aquela pessoa que com a intençom de incitar ao ódio se seu comportamento fosse ameaçador ou abusivo? Nom deviam receber sançom criminal?”

O secretário de Justiça enfatizou que o governo escocês está disposto a examinar novamente as proteçons à liberdade de expressom na legislaçom.

Yousaf dixo que estaria aberto a expandir as proteçons à liberdade de expressosó as declaraçons feitas contra pessoas com base na sua religiom ou orientaçom sexual som atualmente cobertas pola lei.

Também dixo que consideraria ampliar as proteçons para atos que expressem “antipatia, aversom, ridicularizaçom ou insultos”. 

Richard Percival. Daily Express

Os nosos blaveros


O filosefardismo de Franco, da mao dos traidores piñeiristas e os seus discípulos con Beiras e o BNG, asi como a AP fraguista, ten promovido a mesma estratéxia na Galiza. Asi o nacionalismo galego histórico ficou reducido a un rexionalismo inserido no nacionalismo español xacobino, renegando da língua en troca dunha neolíngua castrapeira, un pseudo-sistema cultural de instituizóns, carguiños e subvenzóns, unha falsificazón absoluta da história substituída por castrexismos e eterna ocupazón, a destruizón da paisaxe (eucaliptos, marvellas atlánticas) do património (castros, petroglifos, mámoas, arquitetura tradicional,...) e da sociedade e os seus costumes mediante a sua proletarizazón e urbanizazón ou desterro na emigrazón por causa de represión política e económica. Ten-se mostrado ainda mais eficaz do que cos blaveros valencians.
 

E digo eu... como é que ninguén ve aos blaveros de aqui? Como é que ninguén se dá conta do que andan a facer, e que son os de aqui e non os de Madrid (ainda que os servan)? Como é que o nacionalismo galego non é pangalaico? Como é que o nacionalismo galego non é pancéltico? Como é que o nacionalismo galego non é reintegracionista? Como é que o nacionalismo galego ten unha visión económica da Galiza reducida a defender as indústrias de Castela? Como é que o nacionalismo galego non combate a morte a destruizón da paisaxe e território? Como é que o nacionalismo galego non defende a cultura popular identitária e a ridiculariza (minifúndio mental, atraso, miséria,...)? Como é que o nacionalismo galego é o principal inimigo da nazón galega pretendendo encher isto de razas alóxenas?
 
Pois porque nen son nacionalistas galegos, son blaveros gallegiños ao servizo do nacionalismo español!
 
 

Explica-o á perfeizón neste vídeo o señor que foi influenciado na Sorbona polos movimentos emanzipadores das colónias francesas, luita que quixo exportar a un país europeu como o noso.
 
Celtia Loimil das Fragas

mércores, 4 de novembro de 2020

A propósito de "La llamada de la tribu" do miserável Vargas Llosa

 
É exatamente iso, miserável e triste que mudou de comunista fiel a neoliberal convencido. O espírito da tribo, o sentimento fundo que nos disolve no grupo e anula o noso ego, que confunde a nosa singularidade coa doutros formando o nós. É o espírito da tribo que torna a nosa responsabilidade alén de nós próprios e se envolve cos outros. Cos que están, cos que xa se foron e cos que virán. Cos da nosa raza, cos outros animais, cos outros seres vivos , cos seres inertes e até cos conceitos intanxíveis. É si, a irracional chamada da tribo que bate no corazón. Que ergue na escuridade da noite como un facho de ideais, a luz abstrata que guia os pasos no camiñar pola realidade. Ti nunca o entenderás, neoliberal en fuga que vives nun farrapo rojigualdo e outro masónico.

Non vou te vou pedir perdón por ter nascido nunha pequena e remota aldeia na montaña lonxe da tua diarreia mental. Esquecida da mao do teu deus neoliberal, dese o teu poder ao que serves, dese o teu progreso cara a nada, e da dexenerada civilizazón que che cagou.

Non te vou pedir perdón por ser rústica, rural, arcaica, primitiva, selvaxe, incivilizada, desobediente, insubmisa, inadaptada e ingovernável. 

Pois si,  señor mestizante, é exatamente iso: a chamada do tan-tan antergo, da maxia do chamán, das pinturas identitárias, da cabeza curtada dos tiranos, que resoan no mais profundo do meu ser. Por min chaman , prefiro vibrar no grupo, ser e sentir-me da tribo. A tribo que se funde coa montaña e o rio, a andoriña e o grilo, o carvallo e a chorima, ou a chuva e o cántico do vento. Ti nunca o entenderás, coitado desertor da vida, pois tán só és a derradeira flatuléncia dun cadáver.

Aqui me tes, cabelo ao vento, espada guerreira na mao, mirada no firmamento. Nunca arrincarás do meu pescozo o eterno torques da liberdade para colocar nel a canga coa que a vós vos xunguen, miseráveis escravos. Nunca conseguirás domar nen o inexorável bater do meu corazón nen o meu pensamento. Foda-se, que, aqui ainda fica en pé unha indíxena galaica.

Escoita, esmegma de burro capado, aqui me tens, danzando nua sobre as estrelas en volta na grande fogueira que purifica até a tua mais velenosa pezoña. Volta colocar a tua língua de víbora no seu lugar habitual - a cavidade retal dos teus amos- e non malgastes mais papel. Morre soiño, triste e amargado tal como nasceste, non malgastes mais enerxia, renegado da vida.  

Celtia Loimil das Fragas

martes, 3 de novembro de 2020

Black Lives Matter? HIPÓCRITAS!

 

 “Dilhe aos meus filhos que os amo”, dixo Simone Barreto, umha cidadana brasileira negra que vivia em Nice e foi à missa o 29 de outubro na Basílica de Notre-Dame da cidade. Junto com outros fiéis, dous dos quais forom massacrados,  ela foi atacada polo terrorista jihadista Brahim Aoussaoui, apesares de ter sido atacada conseguiu refugiar-se, ferida e ensanguentada, num bar próximo, onde perdeu a vida momentos depois.
 
Estamos a espera com real impaciência por parte de todo o fanatismo progressista, o feminismo anti-patriarcal, o movimento LGTBQI nas suas muitas variantes, o movimento racista anti-branco chamado Black Lives Matter [Vidas Negras Importam], assim como a hierarquia eclesiástica governada pola Sua Santidade, o Papa Bergoglio, que foi abençoar pessoalmente a chegada de imigrantes à ilha de Lampedusa – e entre eles estava o assassino (nesse mesmo dia ou noutro) – Por favor, digam-nos o dia e a hora de pedir umha manifestaçom de protesto polo assassinato vil desta negra brasileira, já que polo menos ela merece-o.
 
Se eles querem esquecer os outros pobres brancos assassinados – que vem sendo o comúm nos esquemas de pensamento e acçom de tais pessoas. Mas para ela? Umha negra do brasil? … Vam esquecé-la? É possível que nenhum dos seus jornais e televisons todo-poderosos do Sistema sequer o mencione?

Ah, sim! Na porta da Basílica de Notre-Dame de Nice há neste momento umha infinidade de flores e candeias à vista. Jihadistas que se preparam para novos ataques (um cura de Lyon foi baleado e ferido o outro dia) estám a tremer de medo com esta exibiçom de flores comovente.

J. R. P (ElManifiesto)

luns, 2 de novembro de 2020

Consciéncia Nacional


No sistema ortográfico árabe faltan símbolos para escrever as letras E e O, por iso alguén que se chame por exemplo Roberto quere escrever o seu nome nesa língua terá que ser na forma "Riburti". Do mesmo xeito, se un árabe quere escrever GALLÉCIA (pronunciado Gal-lé-qui-a) vai faltar-lle o E e vai duvidar en como escrever o G, tendo que transcrever a palabra como se fose Galikia, Calikia, Yalikia... e posivelmente escreva o que se transcreve como Yaliqia.

Non obstante,se un historiador do estado español encontra centos de veces nas crónicas árabes medievais "Reino de YALIKIA",  traduce como "Reino de León". Do mesmo xeito, cando eses mesmos historiadores españois observan inscripzóns que põem "GALLAECIENSE REX", traducen por "Rei de Asturias·, evidentemente.
 
O mesmo que cando noutros textos medievais aparece WASCONIAE, o país dos WASCOI, van evitar escrever VASCONIA e considerar que aquilo é o país dos VASCÓNS, e ván preferir «Gascuña», terra dos gascóns, que tamén harmoniza co negacionismo do estado francés na Gascogne.
 
E asi até onde se queira manipular, até demonstrar con ese rigor historiográfico que o Estado Español xa existia dende o Cretinácico Superior, pois como bos xacobinos seguen a máxima robesperriana de "O federalismo e a superstición falan baixo-bretón e o fanatismo fala vasco", que aplicado á historiografia é que todo o que sexa diferente non debe existir e hai que extirpalo. É entón que converten a verdade en "delirios dos nacionalistas periféricos" que amais de mentirosos son "intolerantes e reacionários".
 
Un totalitário sistema educativo doutrina na "história oficial" coa maior agresividade na universidade, un bombardeio televisivo de documentários, programas educativos, entrevistas a "espertos" e séries "históricas" nas cais até Carlos V fala castelán, sendo flamenco. Todo un exército de infiltrados nos "nacionalismos periféricos" de caracter liberal e marxista, estabelecendo paradigmas históricos, e un exército de ciber-manipuladores editando a wikipédia, criando millares de blogues e intervindo en millares de foros de debate.

Para practicamente todos os cronistas árabes da Al-Andalus, dende o século VIII ao XIII a península ibérica era do seguinte xeito:

- Ao sul dos "desfiladeiros"* está o território que eles denominan SPANYA, que coincide co que nos mapas cristiáns da época denominaba-se HISPANIA. E que é o território onde os musulmans crian as suas entidades políticas (califato, taifas, etc).

- Ao norte do rio Ebro está o que eles denominan YFRANYA, o que en fontes cristiáns europeias aparece como FRANZA, e corresponde aos territórios visigóticos que forman parte do Sacro Império de Carlomagno, que depois serán os francos condados e os reinos da marca hispánica ao redor dos Pirineus. É aí onde se situa BARCINONA, a antiga BARCIO romana. A bacia do Ebro que logo foi conquistada polos musulmáns, e moitas das conquistas musulmanas na Franza referen-se a esta parte da franza ao sul dos Pirineus.

- Ao norte do rio Douro está o que eles denominan YLLIQUYA, o que en fontes cristiáns denominan GALLAECIENSE REGNUM, a entidade formada sobre a antiga província da Gallaecia no 411. Nesa altura, para infortúnio de nacionalistas españois e «castrexistas» e «nacionaliegus» astures, a fronteira oriental da província romana non era o rio Pisuerga, senon que chegava ao atual rio Arga. Coa queda dos visigodos, os suevos ampliaron os seus territórios ainda mais ao leste, chegando ao atual rio Gállegos (curioso nome!).

Por mor disto comezan as guerras entre galaicos e navarros, e depois galegos e aragoneses, a parte das guerras cos musulmans nesa área. Din as crónicas de Córdoba falando do grande herói Uqba que no ano 734 "adicouse continuamente ao ŷihad, conquistando moitas comarcas de Ŷillīqiya, como Pamplona e outras" (Pamplona cidade galaica na altura). Os outros territórios en disputa eran as terras entre o Douro e "os desfiladeiros", unhas veces sob domínio galaico, outras musulmán, e na maior parte desa etapa desabitadas, polo que posteriormente precisaron ser reconquistadas/repovoadas dende o norte.

O "choque de civilizazóns" entre SPANYA, YFRANYA e YLLIQUILHA, ou sexa, Hispánia, Franza, e Galécia, son a causa das guerras deses 500 anos entre a queda do reino visigótico derrotados polos musulmáns e a división do Gallaeciense Regnum nos reinos da Galiza e logo León cos seus condados. 

*A linha de cadeias montañosas que divide a península dende o Atlántico ao Mediterráneo formando unha "muralla" coas serras de Sintra, Montejunto, Aire, Candeeiros, Lousã, Estrela, Gata, Francia, Béjar, Gredos, Malagón, Guadarrama, Somosierra, Ayllón, Ministra, Albarracín, Montes Universales, Javalambre, e Mir.

Só o Galliciense Regnum (non ainda o Reino da Galiza) ten mais séculos de história do que o estado español ou portugués, e deve ser por isso que están alguns obsesionados con negá-lo e silenciá-lo. Pero non só a caverna liberal madrileña, tamén os liberais bascos e cataláns, pois fumos o seu grande inimigo.

Map of Europe during the time of Charlemagne's death in the year 814 AD
Simon Kuestenmacher 

DESMONTAR

1º) Para desmontar o mito nacionalista español só temos que soprar e xa esborralla como un castelo de naipes. Fundamenta-se no "ad hominem", no suposto prestíxio de quen o di, e na repetizón e repetizón.

En xeral chega co apresentar un documento histórico en versión orixinal (non a transcrizón manipulada do mesmo ou o relato dalguén dicido o que di) para que un paradigma rebente en cen mil anacos. E sabe-no, daí o secuestro de fontes históricas e ocultazón (Arquivo de Simancas, Biblioteca Nacional, Instituto Padre Sarmiento, CSIC, Consello da Cultura Galega, Instituto da Língua Galega, etc). Non obstante, escapouse-lles das maos para sempre moito material que está no Arquivo do Reino da Galiza, arquivos históricos provinciais, arquivos catedralícios. E para maior drama para eles, hai reproduczóns en estudos estranxeiros, edicións facsímil, dixitalizazóns, etc.
 
En xeral chega con situar as cousas nun mapa. Cruzar dados dende diversas perspetivas (uns, os seus inimigos, os neutros) e dende diversas disciplinas (documentazón histórica, arqueolóxica, antropolóxica, linguística, lendas, mitos, teolóxicas) tal como fai a metodoloxia que xerou a Teoria da Continuidade Paleolítica, e tal como fai o xenial mestre André Pena Granha.
 
Estando preparados temos unha grandísima vantaxe a hora de armar o puzzle do noso: o coñecimento direito da nosa terra e nosa cultura. Os de Madrid e os seus cadeliños na Galiza, eses urbanícolas pechados nos gabinetes das suas instituizóns e os seus circuliños de pseudo-elites dexeneradas. Nós non andamos tan perdidos no mundo, non vivemos nunha imaxe virtual do mesmo. Intuitivamente sabemos a direczón, ainda que teñamos que ir descobrindo o camiño sobre a marcha e esquivar fochancas.
 
2º) Non obstante, o noso paradigma, o noso contra-discurso é honesto e rigoroso. Deixamos os baleiros onde temos lagoas, abrir abanos de posibilidades onde existan, e afirmar as certezas onde temos certezas. Sempre coa verdade por diante, nunca a mentira, por moito que aparentemente pareza útil.
 
Nom se trata de construir un relato para apoiar un mito historiográfico no qual a sua funzón sexa sustentar unha ideoloxia, un proxecto nacionalista do galeguismo, ou o que sexa. Trata-se de sermos honestos. Se na nosa história fumos déspotas, hai que recoñecer iso, non negar. Se as revoltas irmandiñas foron nefastas e eran unha manobra de Castela, hai que recoñecer iso, e non falsificar os feitos para apoiar unha ideia revolucionária contemporánea. Temos que monstrar as luces, pero tamén as sombras, non invetar unha épica heroica. Temos que ser pedagóxicos, e enfocar o negativo da história como unha aprendizaxe dos erros para que non se repitan.
 
3º) Temos que situar-nos corretamente no tempo, é dicer, ollarmos para o pasado para compreendermos o noso presente e asi estarmos capacitados para proxetarmos o futuro. É un processo, é unha dinámica. Temos que mirar a história como algo vivo que continua, non como pezas mortas depositadas en vitrinas dun museu ben separadiñas unhas das outras só para contemplazón do público. Nós estamos dentro da história, nós facemos história coas nosas aczóns e inaczóns, e iso obriga-nos a mirar para atrás e para a frente.
 
Por exemplo, compreendermos a nosa cultura celta serve para termos unha cosmovisión moi forte, pois é berce vertebrador de Europa. A idade média serve para abordar-mos un escenário de decrescimento e ruralizazón tal como aconteceu coa queda do império romano. A "francesada" contra a invasión napoleónica serve para compreendermos estratéxias de loita contra inimigos moi poderosos e aplicá-lo con intelixéncia a situazóns contemporáneas. E as derrotas servemnpara non repetir os erros.
A história son as pegadas do xavali que o cazador persegue, e se non as sabe ler, nunca chegará a él.
A história non deve ser un tema de debate de frikis académicos, senon un método de análise, síntese e resposta aos problemas. A historia é para ser usada como ferramenta, para enfrentar a nosa realidade.
 

OS INIMIGOS
 
Hai que quitarlle o disfrace a ese anti-nacionalismo galego que o suplanta como nacionalismo. E vai ser duro de roer. As críticas han de ser duras e sen acougo. Dirixidas á escoura que xerou o piñeirismo e o nacional-marxismo e que foron empoleirados no pacto da transizón e que continua nas suas instituizóns como mercenários ao servizo do mundialismo e que fan gala dunha hipocrisia e cinismo estremos e que ten narcotizado e abduzido ao persoal nun eterno sono do cal nunca espertará o fogar de Breoghán, pois é terminal, e morte. E ainda que se concorde  nalgunhas cousas con algún nacionalismo español, as suas nescidades, as suas burradas, as suas mentiras, as suas conxuras e manipulazóns son inaceitáveis para quen teña un mínimo de ética e intelixéncia.
 
Isto non só precisa dunha proxeczón política, senon de proxeczóns políticas en plural. Pero non só política, ten que ter unha proxeczón ética, cultural, artística, filosófica, social, científica, etc. Iso era o que tiñamos co "rexurdimento", as Irmandades da Fala, Nós, Ultreia, etc. E iso é o que non temos neste triste rexionalisto cativo e burdo, inculto, personalista, cainista, chupóptero, hipócria, e altamente destrutivo. Reparen que o galeguismo histórico era construtivo, estes son destrutivos, van demolindo para que veña o facheirio construíndo o seu esterco na explanada. Temos de ser románticos, pero non romanticos sen visión, pois podemos ver a mocidade que temos nas nosas próprias cidades...
 

 
 Celtia Loimil das Fragas 

Fascismo e Nacional-Socialismo a juizo de Risco

"Horrez gain, ni ez naiz faxista, nazional sozialista baizik" "Ademais, nom som fascista, som nacional-socialista" Jon M...